Irritando a Bruna!!

O que me irrita muito são as pessoas exageradas. Sabe aquele tipo de gente que aumenta tudo? “nossa, isso é muuuuuito difícil!“,”ele é suuuuper chato!“, “ela é magééérrima!“. Odeio.

Mas tem os que se superam, eles são da turma dos superlativos/aumentativos [e olha, não é só para rimar não, mas de modo geral são hiperativos]: “meu Deeeeus, isso é ‘hiper’ difícil!“, “ele é ‘mega’ chato!“, “ela é ‘ultra’ magra!“. Fico imaginando como se expressariam a respeito de uma pessoa chata, magra e difícil, tudo ao mesmo tempo. Talvez dissessem “orra!” ou então desmaiassem, morressem, sei lá.

Mas exagero não é só isso não. Também é exagerado aquele que vai te dizer uma coisa; ele vai dizer; você não faz idéia como é looouco isso que ele vai dizer. E olha que ele diz hein! Mas demora, pois ele cria uma expectativa tão, mas tão grande a respeito do que será dito como estou fazendo agora … Mas tá bom, então, ele vai te falar isso que você está há duas horas esperando que ele diga. Você já está em êxtase, começa a tentar adivinhar o que ele vai dizer, faz leitura labial, tenta falar junto com ele que nem um retardado e começa a espumar pela boca. Você já está esperando que ele conte que ganhou na loteria ou que foi sorteado na rifa de formatura a probabilidade é a mesma nos dois casos, então, finalmente o miserável diz: “tirei 60! Um ponto a menos eu tinha ficado com nota vermelha em educação física!“

Outro exemplo desse tipo de exagero que cria expectativa desnecessária é alguém dizendo algo tipo assim:

“Todo mundo fala dela.

Todo mundo ama ela.

Mas eu também quero falar, pois ela afeta ca-da as-pec-to da nossa existência e ninguém percebe como não viveríamos sem ela:

A vida…“

Ah! Quem é que quer saber da vida? Todo mundo tem uma!

Uma outra coisa que me irrita como mulher e que não tem nada a ver com tudo o que disse até agora é quando um palestrante, sei lá, qualquer pessoa que esteja falando em público diz: “boa noite a todos!“, e eu respondo alegre e inocentemente junto com a multidão: “boa noite!“, daí o infeliz diz “boa noite a todas“…

Não é que eu seja machista, pelo contrário, me considero “meio” feminista, mas é o costume né?! Aliás, é norma da língua portuguesa – nos ensinam na escola que quando alguém diz ‘todos’ quer dizer ‘todos’ mesmo, homens e mulheres, ué! Ou será que estão ensinando diferente agora?

Apesar que, vai saber, hoje em dia as coisas com a educação estão meio adiantadas, apressadas. Quem era pra estar na 4ª série agora está fazendo o 5º ano, vai saber… inclusive, isso é outra coisa que me deixa irada. Não sou boa em fazer conversão de medidas, nem de séries em anos. Eu uso ‘báscara’ para saber quantos copos equivalem 450 ml de leite e minhas colheres dividem espaço na gaveta com uma calculadora científica! Aí começamos a questionar minha ignorância em matemática, já que sei usar tal apetrecho… Fico louca quando pergunto para alguém “em que série você está?” e o ser humano diz que está em não sei que ano… melhor não ter perguntado. Imagine como eu piro quando começa o horário de verão!

Por outro lado, essa minha burrice toda é boa – a cotação do dólar não me interessa, nem quero saber; a única exceção é quando vou comprar batatas no Paraguai. Aí sim fico apreensiva. O vendedor diz: “son 3 dólares” e já começa o meu problema. Não sou lá muito boa em fazer cálculo de cabeça, se o dólar equivalesse a dois, três reais redondos até que ia, mas nunca é – sempre tem que ter todas as unidades do ‘pi’ depois da vírgula! Isso quando eles não dão o preço em guarany: “custa 1 bilhão de guaranis” O quê?! Larga esse alfajor menina!